Você já parou para pensar sobre a presença feminina no universo da tecnologia?
Este ano, na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, não poderíamos deixar de falar sobre o espaço que as mulheres ocupam no mundo tecnológico. De acordo com o IBGE, apenas 20% dos profissionais da área são do gênero feminino - dado que confirma como a questão da barreira de gênero que existe no setor da tecnologia é um grande desafio a ser superado.
Aqui na Gentrop, acreditamos na importância de colocar esse assunto em pauta a fim de conscientizar e mostrar como as mulheres - apesar dos obstáculos - têm um papel decisivo no futuro da tecnologia. Ainda há muito a se fazer, mas acreditamos que entendendo os impasses desse cenário podemos encontrar o caminho certo para transformar essa realidade!
Um problema crônico para as empresas de TI brasileiras é a falta de mão de obra especializada. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), se esse cenário não mudar, o Brasil terá um déficit de 270 mil profissionais de TI e uma perda de receita estimada de 167 bilhões de reais até o ano de 2024. Parece um caminho sem volta, mas ainda há uma ótima solução!
É verdade que faltam profissionais qualificados, mas a boa notícia é que uma das formas de melhorar esse cenário é aumentar a atuação das mulheres no mercado de tecnologia. Segundo a Unesco, em um estudo de 2018, apenas 17% dos programadores no Brasil são mulheres. Esse é um número muito baixo, mas nos mostra como ainda há muito espaço para as mulheres crescerem e se desenvolverem na área de TI. É por isso que precisamos acreditar no potencial e na importância da figura feminina nesse setor.
A grande dificuldade que a população feminina encontra para entrar no mercado de tecnologia está diretamente relacionada à cultura. As profissões relacionadas à TI são vistas em sua maioria como masculinas, e existe uma série de discursos arraigados que percorrem os sistemas educacionais e familiares que influenciam as escolhas profissionais femininas.
Por esse motivo, cursos como Ciência da Computação passam longe da escolha das estudantes do gênero feminino. Um dado que comprova esse cenário é que enquanto o número de cursos de Ciência da Computação aumentou em 586% entre os anos de 1993 e 2017, a quantidade de mulheres matriculadas nessas faculdades foi reduzida de 35% para 15% - uma queda significativa.
Com certeza, há muitos desafios para vencer essa visão, mas também existem excelentes oportunidades, como o déficit de profissionais de TI, como já comentamos. Isso faz com que o mercado entenda que, para suprir uma demanda tão importante, é essencial incluir mulheres na tecnologia.
Na próxima década, levando em consideração a aceleração do desenvolvimento tecnológico do último ano, o papel da tecnologia será ainda mais importante. Sociedade, economia, educação, saúde e segurança dependerão cada vez mais de novas tecnologias. Programas, softwares e plataformas digitais serão desenvolvidos para todos. Por isso acreditamos que as mulheres devem estar cada vez mais envolvidas na sua inteligência e produção.
O nosso parceiro Google também acredita na importância de alcançar a proporcionalidade de gênero no mercado de tecnologia. Nesta quinta-feira, o Google Cloud realizou um bate-papo muito interessante em seu LinkedIn sobre as barreiras que as mulheres enfrentam para entrar nessa área.
O Women@Cloud contou com a participação de mulheres líderes e inspiradoras que compartilharam pensamentos valiosos. Nossa equipe participou do evento e separou alguns highlights interessantes que nos ajudam a entender como melhorar essa realidade dentro das empresas e no mercado de trabalho como um todo:
1. Pensar na Proporcionalidade além da Representatividade
2. Pensar a diversidade como parte da cultura da empresa, e não como uma pauta
3. Aumentar a porcentagem de mulheres em cargos de liderança nas empresas
4. Tornar recorrente a prática da equidade de gênero nas empresas
5. Otimizar o processo seletivo para ter candidatos que representem a sociedade brasileira
6. Gerar dados para ter um ponto de partida e saber qual caminho seguir para alcançar a transformação
Além desses insights inspiradores, a equipe do Google Cloud compartilhou também o portal diversity.google.com, onde o Google divulga um relatório anual completo sobre as estratégias do Google para alcançar um ambiente corporativo mais inclusivo e os seus resultados. Vale a pena conferir!
E por aqui a data foi marcada por uma ação incrível entre as gentroopers, que foram convidadas a participar de um concurso cultural. O desafio foi responder à frase: Se ser mulher fosse uma tendência ou inovação do universo, ela seria...
Olha só quantos pensamentos brilhantes surgiram por aqui:
Temos muito orgulho em dar espaço e voz para todas as nossas gentroopers! E para incentivá-las a crescer e desenvolver sua genialidade cada vez mais, as gentroopers que enviaram as frases mais inovadoras foram premiadas com o acesso a uma das maiores conferências de tecnologia do mundo.
Gostou da pauta desta semana?
A discussão sobre a presença feminina no universo da tecnologia precisa ser constante. Não apenas em datas comemorativas, mas durante todo o ano devemos pensar na igualdade de gênero e fomentar a presença das mulheres nesse setor e em posição de liderança.
Você participa ou conhece alguma ação disruptiva e transformadora para alcançar a proporcionalidade de gênero? Compartilhe com a gente e participe desse debate!